Febre do morango do amor estimula procura por Programa de Morango Orgânico do Senar-SP

Assim como jogos eletrônicos, memes e vídeos virais, receitas também costumam “bombar”, como se usa há muito tempo na internet. Em meio a um cenário de problemas externos para o Brasil com o tarifaço, o agronegócio se viu frente a um dilema que afetará o bolso do produtor ao consumidor.

Isso, no entanto, não é o caso do morango do amor — sobremesa com morango fresco envolto em brigadeiro branco e calda vermelha —, uma das febres do momento, que virou um fenômeno nas redes sociais e causou um verdadeiro efeito dominó no mercado agrícola.

A sobremesa viralizou no TikTok e Instagram, impulsionada por influenciadoras e confeiteiros, e fez com que confeitarias, docerias e até padarias que não a ofertavam começassem a incluir o doce em seus cardápios.

A busca por morangos maiores e mais bonitos fez o preço dessa categoria específica disparar. Em São Paulo, por exemplo, onde o preço médio era de R$ 12/kg, ultrapassou facilmente os R$ 35.

Sandro Cecon, instrutor do Senar-SP, que ministrou o Programa de Morango Orgânico em seis municípios e que produziu a cartilha explica que essa fruta possui alto valor agregado e é típica de agricultura familiar. “O sucesso do morango do amor fez muita gente procurar o curso, tanto os sindicatos rurais, quanto produtores interessados em produzi-lo”, explica.

“O programa foi desenvolvido embasado no produtor, passo a passo, desde a escolha da área, passando pelo preparo do solo, adubação, escolha e preparo das mudas, plantio, manejo e tratos culturais, controle de pragas e doenças, colheita e embalagem, até, por fim, sua comercialização.”

Falando em valores, ele explica que é possível ter um alto rendimento e rentabilidade mesmo em áreas de 250 m². Foram trabalhadas quatro variedades: Portola, Monterey, Flórida Beauty e San Andreas. “O custo de produção deve ser feito antes do início do processo, durante o treinamento e visando a finalização, que é quando o produtor terá conhecido todos os processos.”

COLHEITAS

No município de São Lourenço da Serra, o pesqueiro Triângulo Azul, de propriedade de Daniel Fukuda, recebeu os sete módulos do programa. Na última quinta-feira, 11, dia da colheita, os participantes estavam ansiosos para retirar os frutos.

Sandro orientou-os quanto a higienização das mãos, a cor e o tamanho dos morangos, e o manejo para extraí-los.

Diego Fukuda, filho de Daniel, conta que a propriedade (onde funciona como restaurante e pesqueiro) é parceira do Senar-SP e do Sindicato Rural de São Paulo para a realização de diversos cursos, porém, não estava nos planos dele e nem mesmo do pai trabalhar com morangos.

“O resultado foi surpreendente, superando todas as nossas expectativas. Seguimos todas as orientações do Sandro e pudemos agora, na colheita, ver o resultado, com frutos grandes, com uma coloração muito bonita e saborosos”, diz.

“O instrutor se manteve disponível para tirar dúvidas e isso ajudou muito durante todo o programa, especialmente porque não conhecíamos nada a respeito do plantio. E o melhor: tudo feito de maneira orgânica.”

Trinta e quatro quilômetros adiante, na propriedade Chácara Pingo de Água, de José Vitorino de Camargo, em Juquitiba, a colheita foi realizada no último dia 10, com as mesmas técnicas e variedades de morangos.

Para ele que nunca havia trabalhado com a terra, o resultado foi fantástico, a ponto de já estar expandido a área de plantio. “Nos últimos 15 anos trabalhei com motores a diesel de ônibus e caminhões. Fui mecânico durante todo esse período. Quando mudei para cá resolvi junto de minha mulher entender a terra e tentar tirar proveito do que ela pode oferecer de melhor”, afirma Zezé, como é conhecido.

“Não tinha em mente que a colheita fosse ser dessa maneira, e até aqui tem sido um ótimo aprendizado. Estou aumentando um canteiro para expansão dos morangos. Agradeço ao instrutor Sandro Cecon, ao Sindicato Rural de São Paulo, à Faesp, ao Senar e à Simara Dionizio, parceira na realização dessa experiência.”

Febre do morango do amor estimula procura por Programa de Morango Orgânico do Senar-SP – FAESP/SENAR-SP/CAESP

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